2 de set. de 2010

Um soneto sobre solilóquios

Me sinto ridículo em me sentir ridículo
Nas cores arlequinais de um fim de noite
E minha tristeza me torna algo minusculo
Nas trevas além do mal, do bem e da sorte

Voa no meu peito um desejo infame
Na volta para casa, sobre as luzes do ônibus
Não ouço a quem me chame
O dia acaba quando se apaga a luz

No deserto inconciênte de meus desejos
O fogo que em mim queima a alma
Na ilusão sagrada dos seus beijos

Onde andas você que nasceu antes de mim?
Sou eu quem dá o último grito
Decreto por hoje apenas mais um fim.

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