28 de nov. de 2010

Escombros

O resto são escombros
E nossa face está enterrada na lama
Na areia?
A pequena história do álcool  e dos jogos
O resto? Sempre serão escombros

...

Na trindade da vida
Morbides, eu saluto a morbides
Flores do mal nascem nos negros campos
E as ovelhas morreram de fome
Onde estava teu pastor?

...

São pequenos fragmentos
Versos, palavras, areia ao vento.
O deserto muda sua face constantemente
Em quanto busca uma nova forma da vida
O resto...
Escombros.

...

Mesmo assim a solidão
O sândalo perfuma a imensidão
E os ares tristes do mar.
As areias irão um dia sumir
E tudo irá mudar
Revelando os escombros do passado.

23 de nov. de 2010

Canção do novo mundo.

O impiedoso infinito mostra tua fronte
Quando o coração e a razão não mais se entendem
O sol decide se por no horizonte
Não há uma verdade que defendem

O vestido de seda que o vento carrega
O mar molha os teus tornozelos
O dia no horizonte já não enxerga
O coração tranquilamente palpita em teus seios

Tua juventude beatifica as dores do mundo
Mas as trevas são uma realidade
Que consome tudo

E da mais alta torre, verás um tudo
Verás o mar e a vida brotando
Verás um novo mundo

20 de nov. de 2010

Destino?

Cada passo que dou nesta vida
Cada coisa que eu me despeço
Cada hora então perdida
Em cada segundo que me despedaço
Onde estou?

Meu tempo é um relógio que corre
Está acabando tão depressa
Meu passado e futuro morre
Nesta vontade que não se expressa
Onde estou?

Cada suspiro pode ser o último
E cada verso pode seguir meu destino
Meu coração queima como o mais denso fumo
E adoraria voltar aos tempos de menino
Onde estou?

Não sei...
Me despeço de cada coisa
Por que em breve aqui já não mais eu estarei
E esvai toda minha força...
Onde estou?

E deitado na grama
Imagino que não há nada além
Que o mundo é esta lama
E que nada mais vem
Onde estou?

Meu destino já está traçado.
E um dia os versos findaram.
Com a morte do meu lado.
As flores abriram.
Não mais estou.

15 de nov. de 2010

Ressurreição

Ressurgir, o homem é complicado por natureza e sua natureza é uma natureza complicada. Satélites rondam seu corpo e sua mente é dimensionada em tantos segmentos que é impossível dizer ao certo quantas pessoas tem naquela pessoa.
Pessoa, pessoa, pessoa, pessoa, pessoa.
O homem é complicado por natureza, e a natureza tenta facilitar as coisas pondo o certo no certo.
O homem é o errado, a multiplicação que findara em um resultado igual a zero. O homem se multiplica por zero.
Na branda fonte de sua juventude ele riu, ele ira sofrer os sofrimentos mais terríveis por um único propósito: Voar.
O homem caminha com passos largos
Vive suas ilusões ainda com passos largos
Mostra suas dimensões ainda com passos largos
Com passos largos ele quer atravessar o mundo
E diz que o amor acabou.
Seu amor nunca morre por mais que ele o mate.
Seu amor?
Amor?
Dor.

...

O homem que está na máquina prestes a nascer (este meio humano, meio metal, meio morte) vive e nutre-se de sentimentos humanos. Diz que gosta do amor e do ódio, seus opostos mortais. O homem está pronto mas o caminho para o Além do  homem (ou super-homem) está fechado para balanço.

Tudo é uma mera ilusão?
Óptica!
Tudo é uma ilusão?
Óptica.
Sátiros dançam com suas flautas em volta da fogueira. O fogo arde e estala a madeira, Sátiros dançam para Dionísio. Seu sangue corre quente em suas artérias. Hoje é noite de festa, hoje é uma noite triste.
E a vida?
Morreu.

11 de nov. de 2010

Adeus Sociedade

Tiro minha máscara, eis meu rosto!
São as contas que prestei à sociedade
Com minhas respostas mostro o que gosto
Não acredito no que chamam de verdade.

Mas em tudo tem que haver lógica?
Viver para prestar contas a quem?
Tudo se desliga em um passe de mágica
Impossível de ver além

Sociedade peço, melhor, suplico!
Não sinta minha falta quando eu partir
Não, não te explico
Não, não estou a fugir.

Não sou mais um que deve contas a sociedade
Mas serei menos um a ser regido por suas leis
Nesta ética amoral e sem verdade
Que visa o deleite unicamente dos reis

Dou-lhe adeus sociedade

3 de nov. de 2010

Meio

Quando você se quebra ao meio
Tenta procurar uma definição
Quando está entre o bonito e o feio
Em todas as questões do coração
Minha mente, minha mente é uma mentira
E eu sei contar mentiras muito bem
O mundo me despira
Eu vi o coração do homem.

Mas toda a coragem que eu possuo
Evanesce nas águas turvas da vida
Esse é meu vôo
Esta flama perdida
Eu sinto minha cabeça voar pelo ar
E bater no chão
Eu sinto minha voz calar
E parar o meu coração...