21 de abr. de 2011

Emancipação do homem tolo

Ah, eu fui emancipado pela religião e pela justiça!
Ah, eu fui emancipado, emancipado!
Eu fui, eu fui.
Quantas horas se passaram dês da minha última rima?
Quantos dias que se passam, esta dor não termina?
Se não sei o que o éter e a chama tem a me dizer?
Falar de vida, falar de morte, estar a viver ou a morrer?

Ah, se a dor me deixasse chorar de vez enquando.
Jesus não separou um raio de sol para mim hoje?
Por que?
Ah, se eu fui trazido e jogado no mar como um preso político.
Meu crime foi não ter acreditado em palavras vazias.
Em rimas vazias.
Em histórias vazias.
E não deixem que o sexo, as drogas e o rock and roll virem apenas um comercial.
Final.

Mas não espero tanto tantas coisas.
Se eu pudesse voltar no tempo e remoer o passado
possivelmente eu me arrependeria do que mudei
tais coisas que me aconteceram moldaram o que eu sou hoje.
E se fui jogado na lata do lixo do mundo ainda recém-nascido.
Eu aprendi que o lixo de um homem é o tesouro do outro.
Fui emancipado!
Fui emancipado!
Fui emancipado!
Mas acabei voltando para minha velha cela quente.