31 de ago. de 2010

Auto retrato

Eu
Tenho a marca de Caim na fronte esquerda
Na doce e mais pura voz cor de seda
Eu, o que busco?
Traço meus caminhos passso à passo
Traço meu destino em tudo o que faço
Enlouqueço
Esqueço
Não mereço
Eu, filho do abstrato e do não entendimento
Que vive em busca de alimento
E se transtorna quando torna a ver um tormento
Todos olham, todos riem e eu  dou um sorriso
Sou um retrato falado
Estou em todas as paredes, escarrado.
Encaro-me, sou fiel a minha convicção.
E nestes pobres versos me purifico
Nesta pobre vida cheia de transtornos
Eu
Tenho a marca de Caim na fronte esquerda
Eu não tenho medo de nenhuma perda
Eu sou inretratavel.