1 de set. de 2010

Lá fora...

Lá fora, a escuridão consome o homem.
Sua tristeza e sua sina fora feita em andar nestas quietudes gélidas de uma noite qualquer.
Não há uma explicação sensata mas os barulhos da rua fazem o silêncio algo raro
Não há uma beleza exórdia mas, ficam os retalhos de um dia que acabou.
E o homem devanesce em seus conceitos...
Lá fora, tudo é cruel.


Uma criança, duas crianças, três crianças! Pés sujos nas sarjetas, o duto do passeio dos ratos. Faz frio e uma tempestade aproxima-se, faz frio e uma lágrima aproxima-se, faz frio e o silêncio sorri dizendo:
- O que você procura aqui, infeliz?
O homem está sendo consumido como um cigarro...
Todos os prédios estão calados, os becos estão calados, os carros já não passam e os sinais amarelos espionam as esquinas. Um beco sombrio nos convida a perdição, seus fantasmas contam histórias que arrepiam-nos no mais profundo da alma. Quem está lá fora? Quem está ai? Ele está praticando o caos debaixo de nossos narizes, não ousamos perguntar porque tememos a resposta.


Lá fora, a escuridão consome o homem
E o homem se torna a escuridão
Não se sabe o que consomem
E os segredos guardados no coração
Lá fora, o silêncio é eterno
E torna o mundo um silêncioso inferno
Tudo acontece agora
A escuridão consome o homem
Là fora

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