29 de set. de 2010

Que o mundo me ouça!

O mundo tem que ouvir
O que tenho a dizer
Mas o que eu tenho a dizer
O mundo talvez não queira ouvir...

Fiz como Zaratustra: dei adeus ao sol, a águia e a cobra. Desci dos solitários montes trazendo um presente para os homens. Como Zaratustra fiz, desci rindo por um desfiladeiro criado de lágrimas

Na calada da noite
A questão paira como um bandido
Talvez eu tenha me perdido
Na calada da noite

Nas delicadas flores primaveris que teimam em nascer ao meio do concreto eu delicío seu puro aroma, o cheiro que nascera junto a dificuldade. Vem um cachorro e come a planta.

O mundo é tão cruel
Os versos são tediosos
Neste mundo dos poderosos
Feito de papel

Somei tantas coisas na minha vida e subitraí um tanto quanto de outras. Somei as garrafas vazias e as canetas sem tinta, somei os sonhos perdidos e os amores incompletos, subitraí de cada coisa um ano de vida. Era um suicídio sempre que eu nascia...

Agora a lua me sorri
Não existe o agora
Não irei embora
Tudo eu ainda não vivi!








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