8 de ago. de 2011

EQUILIBRIO DISTANTE 2 - O silêncio dos mortos

O vento tem uma pergunta
As vozes se calam
Não haverá mais luta
As coisas param
Em terra sem luz
Com o frio nos ossos
Nas noites azuis
Nos fundos dos poços
Carrego em mim
A fúria dos homens
Escrevo o fim
Em letras solúveis
Os mortos não falam
Respeito o seu silêncio
As vozes que  calam
Não dizem por extenso
Brilha no céu
A alma e o dia
Perdi o que é meu
Sentimento que ardia
Eles se foram
Se foram tão cedo
Não peço que morram
Pois eu tenho medo
E os mortos se calam
Não mais ouvirei
Seus sussurros estalam
No silêncio morrerei


Nenhum comentário:

Postar um comentário