9 de jan. de 2011

Carbono

Vazio
Agora é o peso do meu peito
E as lágrimas que a noite não curou
Mesmo que toda vez nada é tudo
E se chovesse mais um pouco esta noite
Eu não conseguiria amar amanha.

O buraco do meu peito está vivo
Ele me diz coisas tão raciveis
Nada que nada possa servir
Não consigo dormir
E comer para mim é impensável
O estômago, as pernas, os rins
O meu livro do Augusto dos Anjos apodrece
E logo este filho do Carbono e do Amoníaco também

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